- Andrea Felicio
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A Pior Coisa do Mundo É o Conforto Desconfortável
Laboratório do Ser - Edição #017
Quero te contar sobre um sonho que tive essa semana, que foi super simbólico e sistêmico.
Eu estava em um mundo que começou a congelar. Lá fora fazia -24 graus celsius. Nós, meros habitantes desse cenário apocalíptico, nos refugiávamos no calor fugaz das paredes envelhecidas de uma mansão enorme.
Mas aí vem o plot twist: a água do mar começou a invadir, entrando pela casa toda, pelas portas, janelas. Uma vibe meio Titanic, sabe?
Desesperados, buscávamos subir de andar dentro da mansão, mas as águas eram implacáveis em sua determinação de nos afogar em seu abraço congelante. A gente subia, a água subia.
Diante desse quadro dantesco, testemunhávamos cenas de desespero e resignação, enquanto famílias inteiras se preparavam para o inevitável, injetando soníferos em seus filhos para que não sofressem tanto na hora da morte.
E teve uma cena de partir o coração: uma família inteira optou por enfrentar a morte juntos, reunidos em um derradeiro banquete à beira do gelo. Morreram congelados em volta de uma mesa de pic-nic, no jardim onde já não haviam mais flores.
Não havia saída, a cada minuto a morte se aproximava.
Eu e outra pessoa, que na verdade era minha irmã (ou talvez uma versão de mim mesma, sei lá), continuávamos dentro da mansão, tentando sobreviver, mas sem conseguir sair.
Éramos reféns daquele conforto desconfortável das paredes da mansão.
Perdendo toda a esperança, minha “irmã” fala: “Vou desistir do meu sonho. Vou me entregar e parar de lutar. Já sei que vou morrer mesmo."
Eu disse: “Pois eu não desisto do meu… e vamos juntas enfrentar esse frio lá fora!”
Bom, conseguimos casacos e nos preparamos como deu. Equipadas com coragem e determinação, enfrentamos os horrores do frio cortante, deixando para trás a segurança ilusória da mansão. Adentramos o desconhecido com passos vacilantes, mas firmes.
E conforme caminhávamos, uma revelação se desdobrava diante dos nossos olhos: o frio que nos paralisara, começava a perder a sua força. Uma luz tênue de esperança parecia brotar em meio à escuridão.
Para a nossa surpresa, as pessoas que caminhavam, buscando algo diferente, estavam muito melhor do que aquelas que ficaram trancadas na mansão, naquela falsa sensação de segurança.
Quem caminhava tinha movimento, esperança, algo diferente no olhar. Uma determinação ao invés de uma resignação.
Conforme caminhávamos, aquele mundo gelado ia ficando para trás, até que chegamos a uma cidade onde todo mundo ia ao cinema, comia pipoca e a vida era abundante.
Qual foi a lição que tirei do sonho?
Às vezes, é preciso deixar ir a zona de conforto congelante e escassa para buscar novos caminhos, que levam à abundância.
Nunca é fácil sair da zona de conforto
Foi difícil desconstruir a crença de que eu só conseguiria as coisas com muito esforço. Foi difícil silenciar a voz que insistia em dizer: “eu não sou boa o suficiente, tenho que me empenhar 5x mais.”
Foram mais de quarenta anos pensando dessa forma.
Seja sincera: quantas vezes você também já disse para você mesma, no seu diálogo interno: “eu não sou boa o suficiente”? Quantas vezes se sentiu insegura?
Com o apoio da pessoas certas, entendi que existe um jeito mais leve, sem esgotamento, de criar a vida dos meus sonhos.
Se você acredita que o único jeito de ganhar dinheiro e viver uma vida abundante é o caminho da exaustão, essa edição da Newsletter é para você.
Como me sabotei, mesmo “tendo tudo”
Eu não vou te contar a jornada da menina pobre que conquistou sua liberdade financeira através do empreendedorismo. Essa não é minha história, apesar de ser a história de muitas pessoas do mercado digital. Eu tive uma infância privilegiada e vivi uma vida extraordinária, mudando de país a cada 3 anos, porque meu pai foi Embaixador. Aos 10 anos eu já falava seis línguas fluentemente.
Por causa da profissão do meu pai, desde muito pequena, convivi com pessoas que marcaram a história mundial. Tive acesso a escolas internacionais e cresci em um contexto social e financeiro muito favorável.
Com tantas expectativas empilhadas em cima de mim, acabei ficando com minha autoestima muito prejudicada.
Com tamanha insegurança, acabei me sabotando. Fui trabalhar em Wall Street para provar para o meu pai que eu era o suficiente, porque no fundo eu tinha muito medo de não ser boa o bastante para minha família.
Como diz minha amiga Lavínia Castelo, quando nascemos nesse contexto, não é uma opção "dar certo". Eu precisava "dar certo", afinal eu tive todas as oportunidades de estudo. Não podia ser uma profissional invisível ou alguém que não deu certo na vida e ficou pulando de galho em galho.
Por muito tempo tive vergonha de contar a minha história, principalmente em um meio onde a maioria teve uma realidade muito diferente da minha.
Mas só eu sei o que vivi e passei. Os traumas de ter que recomeçar tudo a cada 3 anos, de achar que eu só poderia construir castelos na areia. Nunca foi fácil. Apesar das minhas oportunidades, eu abri sozinha as minhas portas. Não fui pedir ajuda para o papai, nem para ninguém. Ralei muito, estudei, me comprometi e tive que acreditar muito em mim para chegar até aqui. Para uma pessoa com baixa autoestima, é um enorme resgate acreditar na própria potência.
A Jornada do Herói é sobre coragem. Isso tenho de sobra. Adoeci e enfrentei um câncer de mama, mesmo com muito medo de hoje não estar viva.
Eu só me curei porque aprendi que sou o suficiente.
É isso que eu tenho para te oferecer hoje: o resgate do seu senso de merecimento. Não importa a sua história, se ela é parecida ou muito diferente da minha, você só vai ter a vida que você merece se acreditar, se tomar posse daquilo que é seu.
Descubra a Origem da Sua Paralisia Decisória
O não merecimento torna tudo pesado. Você se coloca em empregos que não te trazem satisfação, aceita que o outro ultrapasse seus limites, vive na escassez.
O que é a escassez? Medo que falte.
Quando você tem medo de que falte, não consegue levar suas relações pessoais de um jeito leve, tampouco ter uma vida profissional descomplicada. Isso pode levar à confusão mental e, em última instância, ao burnout. Você se sente perdida, sente que não vai chegar a lugar algum, e seus sonhos parecem cada vez mais distantes.
Quando perdemos contato com a nossa intuição feminina, vivemos num estado de destruição parcial. A mulher desconectada sente-se insegura, hesitante, bloqueada, impotente, incapaz de realizar seus projetos ou de fixar limites. Ela desiste fácil, preocupa-se demasiadamente com a opinião alheia.
Essa mulher teme procurar um mentor, não consegue tomar os pais, teme mostrar o seu produto antes que esteja tudo perfeito e, por isso, enfrenta muita ansiedade. Ela tem medo de experimentar, medo de fracassar e, por isso, não consegue começar. Ela estuda, estuda e não põe em prática, não executa e não tem clareza onde quer chegar.
A mulher desconectada da sua intuição não tem tempo para cuidar de si mesma porque diz sim para todo mundo. Coloca as necessidades dos outros sempre à frente das suas e quer resolver todos os problemas dos outros.
Está se identificando com essas travas?
Por causa do seu não merecimento, você tenta se esforçar cada vez mais para provar o seu valor e termina exausta. É um círculo vicioso no qual você tenta ser perfeita para ser amada. Ou, também nessa busca desenfreada por ser amada, você se submete e se esforça para agradar a todos. Dessa forma, apagamos a chama do nosso feminino, da nossa intuição. Tentamos viver uma autoimagem idealizada e nos afastamos de quem realmente somos.
E por que nada disso funciona Déa?
Porque leva a uma paralisia decisória.
Esse é o viés do perfeccionismo que trava mulheres na hora de escolher um caminho. Por exemplo, você vai escolher uma carreira, uma área de especialização e não consegue porque não sabe discernir qual é o melhor caminho para você.
A quantidade gigantesca de possibilidades, aliada ao seu medo de errar, faz com que você se sinta despreparada e INSEGURA para tomar uma decisão. Nesse contexto, criar um projeto, atender outra mulher ou colocar a sua voz no mundo cria um sofrimento e uma ansiedade grande, já que você exige a perfeição de si mesma a todo momento.
Veja, isso não é culpa sua.
O perfeccionismo está muito enraizada em nós mulheres. É ele que leva à procrastinação e à paralisia decisória.
Depois de mentorar mulheres que tinham um potencial gigantesco, mas ainda não tinham colocado o seu projeto no mundo, por insegurança, por crenças que as travavam, eu percebi que o primeiro lugar a ser transformado é o seu script interno.
5 Crenças que sustentam o perfeccionismo feminino
1 - Se eu não estiver com a aparência impecável, eu não vou ser valorizada.
Quantas vezes você investiu horas na composição da roupa ideal, ou achou que não poderia sair na rua porque sua unha não estava feita? Quantas vezes sentiu que sua aparência tinha que estar perfeita para que você se sentisse segura?
2 - Só na hora que estiver tudo perfeito, posso descansar.
Isso implica que a felicidade só pode ser alcançada quando tudo estiver perfeito. Só que esse dia nunca chega e isso vai minando a nossa energia.
3 - Se eu não for perfeita ou fizer tudo, tudo à minha volta vai desmoronar. Tudo depende de mim. Se eu não fizer, eles não vão conseguir sobreviver.
Nos colocamos nesses papéis insubstituíveis, porque acreditamos que só nós sabemos cuidar dos filhos ou do lar do jeito certo, e por isso, terminamos exaustas.
4 - O fracasso não é uma opção.
Como não aprendemos a errar, rechaçamos a possibilidade do fracasso e preferimos a ilusão dos lugares seguros (olha aí a nossa mansão que aprisiona!)
5 - Preciso ser perfeita para me destacar. Se quero conquistar meu lugar tenho que me esforçar 5x mais que qq um senão eu não tenho chance.
Com a falta de referências de sucesso feminino, entendemos que, se queremos ter alguma chance, teremos que ser 5x mais competentes dos que os homens.
Com quantas dessas 5 crenças você se identificou? Me conta respondendo a esse email?
Eu te pergunto:
Quantos sonhos são deixados de lado porque muitas mulheres tem a sensação que não são o suficiente, que não chegou a hora certa, que precisa estar tudo perfeito… e esse dia nunca chega?
O que funciona então?
O que funciona, a meu ver, é aprender a resgatar sua intuição e desfazer suas lealdades sistêmicas.
Imagina olhar 5 anos a frente e se dar conta de que você ainda está tendo os mesmos resultados, e a quantidade de mulheres que você poderia ter ajudado e não ajudou?
Não dá, né?
Eu sei que quando você olha para a sua vida hoje, você sente um desejo fervente de mudança. Quer escalar seus resultados, passar mais tempo com sua família, abandonar aquele trabalho sem sentido, e, acima de tudo, transformar vidas.
Você precisa de um método
Você só não está nessa realidade ainda por falta de clareza e direcionamento prático do que fazer.
Um guia claro que a tire do ponto A e a leve ao ponto B. Eu percebi que meu grande diferencial vem da minha experiência como executiva por mais de 20 anos. Lançar novos produtos e negócios do zero era minha especialidade. Agora, quero compartilhar meu método com você. Quando você entrega verdadeiro valor na vida das pessoas, seu crescimento é exponencial.
Eu quero te passar um guia, um passo-a-passo de como gerar valor na vida de outras mulheres. Quando você realmente entrega e gera valor na vida das pessoas, você cresce rapidamente.
Curando sua relação disfuncional com o tempo
O nosso ativo mais valioso é o tempo. Percebi, ao mentorar mulheres, que muitas de nós temos uma relação distorcida com o tempo. Planejamos nossas agendas com otimismo irreal, e terminamos sobrecarregadas com tarefas. É como se estivéssemos sempre devendo tempo. Somos acumuladoras de responsabilidades, sacrificando nosso tempo em prol dos outros. Assim, negligenciamos nosso próprio bem-estar. Quando você se sente bem de ter dado conta de tudo, não para pra pensar o quanto está cansada.
Hoje você sacrifica o seu tempo achando que produtividade é ficar ocupada o tempo todo. Responda com sinceridade estas perguntas.
Mas qual é a porcentagem do seu tempo que você gasta com aquilo que realmente importa? Com coisas que vão te ajudar a construir a vida dos seus sonhos? Com tarefas e atividades que vão sustentar as metas e os sonhos que você colocou no papel?
Você está sempre apagando incêndio e parece que não sobra tempo no seu dia? Não tem tempo para você porque está ocupada demais com a casa, os filhos, o marido e você fica sempre em último lugar?
É hora de abandonar a ideia de produtividade clássica. A produtividade feminina está ligada aos ciclos da natureza. Na Certificação Profissional, vou te ensinar a abordar a produtividade de forma feminina, respeitando sua mandala lunar.
A sociedade e o mundo corporativo têm a expectativa de que devemos ser constantes em nossas capacidades, o que coloca ainda mais pressão sobre nós, para termos sempre o mesmo nível e conjunto de habilidades. Quando reconhecemos que mudamos e passamos a trabalhar com as mudanças, aliviamos o estresse e geramos mais sentimentos de bem-estar.
A verdade é que não podemos ser tudo de uma só vez e nem a mesma o mês inteiro e é irreal pensar que a nossa produtividade possa permanecer sempre igual durante todos os dias do mês. O tempo da natureza é diferente do tempo dos humanos. A PRODUTIVIDADE FEMININA está ligada aos ciclos da NATUREZA.
Por isso que na Certificação Profissional Mulheres Cíclicas eu vou te mostrar um plano prático que cria bem-estar, sucesso profissional, realização de objetivos e a vida dos seus sonhos usando uma abordagem exclusivamente feminina, mapeando seus ciclos e respeitando sua mandala lunar.
Recuperando a clareza
Acima de tudo você precisa ter clareza. Em um mundo onde estamos sendo constantemente sendo bombardeadas com inúmeras escolhas, numa velocidade cada vez mais insana, perdemos clareza.
A clareza passa a ser um benefício intangível de altíssimo valor. Como diz o ditado, em um mundo de cegos, quem tem um olho é rei.
Pare e pense comigo. Antigamente na sua rua existiam apenas 2 mercados: A mercearia do Joao e o mercadinho da Maria. As frutas você comprava no João por serem fresquinhas, e o restante dos produtos, no mercado da Maria. Fácil. Poucas opções.
Mas e agora? Sua rua está repleta de MILHARES de mercados. Ficou difícil decidir né?
Na internet somos bombardeadas por ofertas o tempo todo. Devo comprar o curso de quem? Quem vai me ensinar o que eu preciso aprender?
É por isso que sempre investi em cursos, masterminds e mentorias. Alguns me agregaram muito, outros nem tanto porque fizeram com que eu me perdesse de mim. Mas sempre que invisto em alguma mentoria, eu aplico o que aprendi e assim tenho um retorno imenso. Aprendi com os mentores certos, que estão preocupados com meu negócio, a evitar armadilhas… porque eles compartilharam onde acertaram e também onde erraram.
Esse é o movimento da vida, do dar e receber.
As vagas da Certificação Profissional Mulheres Cíclicas estão oficialmente abertas!
As Certificação Profissional Mulheres Cíclicas é a única formação que te entrega um passo-a-passo claro para você gerar valor na vida da mulher que você atende. O método CPMC vai além das ferramentas - ele inicia com o processo de cura do seu feminino, pois você só pode levar outra mulher até onde você já foi.
O método te torna especialista na narrativa e no repertório feminino, no Universo da mulher que você quer transformar. Dessa forma, você não apenas melhora a sua vida, mas também a vida das outras mulheres que você irá atender.
Vamos juntas resgatar o seu senso de merecimento, abraçar o jeito feminino de empreender e construir a vida que você tanto sonha em ter.
Faltam apenas algumas horas para encerrarmos as inscrições, nossa primeira aula já acontece amanhã. Para saber mais e garantir seu lugar ao meu lado, clique no botão abaixo e realize sua inscrição.
👁️ Laboratório do Ser #018 - próxima segunda 18h
Se você quiser sugerir algum tema para a próxima News do Laboratório do Ser, basta responder a este e-mail ou me enviar uma mensagem no meu Instagram @deafelicio. Sua opinião é muito importante para melhorar a Newsletter. Aguardo seu feedback.
✍️ Escrita por Andrea Felicio compartilhando experiências pessoais ao redor dos temas: Mentalidade, Mulheres e Marketing.
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